segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Fall For you... Capítulo 45

Feliz 2011!!! Espero que tenham entrado no novo ano com o pezinho direito e que este vos corra melhor do que o anterior!!

Capítulo 44

"Luna - all above
Wound of light in the enemy skies
Make things happen for me
On the eve of self destruction  
On the eve of all can be 
Thinking about you... "



Depois de jantar senti-me completamente cansada, mas antes de ir dormir fui ao quarto da Su e dei-lhe um beijinho. “A minha criança grande” pensei. Ela merecia ser feliz. Adormeci sem nada no pensamento.
Acordei com o toque da campainha. Vesti o robe e apressei-me a abrir a porta.
- Senhora Maria Montoya Fernandes?
- Sim, sou eu…
- Por favor assine aqui.
Entregou-me uma caneta seguido de um enorme ramo de flores. Retirei o cartão que estava preso a uma das rosas e li-o.
“Eu sei que não é o mesmo que ter-me ai ao seu lado, mas pelo menos mata um pouco a saudade.
Rosas vermelhas. Sei que gosta
Um beijo do tamanho do mundo
David.”

Pousei o cartão na mesa da entrada e cheirei as rosas. Só faltavam uns dias.
Contei as rosas. 23 Rosas como o número que ele envergava nas costas. Eu não sei porque, mas sempre tive uma panca por números, sempre tiveram um grande significado na minha vida, e sempre me disseram muito. Como o dia dos meus anos. 10 De Fevereiro. O dia em que a minha mãe morreu. Para mim, o número 10 significa tristeza, mas também alegria. Agora tinha mais um na minha vida. “23”.
Fui a cozinha para por as rosas em água e vi um post-it no frigorífico.
“ Meu amor, sai muito cedo. Já sabes para o que fui, procurar emprego. Nem tentes contrapor. Tens o teu correio em cima da mesa.
Besos, Su”

Pousei as flores, sentei-me no banco da mesa da cozinha e abri o correio. Uma carta da luz e uma da embaixada Argentina em Portugal. Apressei-me a abrir a última. Falava que gostaram muito de saber que eu me tinha mudado para Portugal e que gostavam de receber na sua embaixada. Convidaram-me para um almoço hoje mesmo no edifício da embaixada. Não sabia onde era a embaixada, mas estava muito honrada pelo convite.
Decidi tomar banho e vestir-me. Antes comi uma peça de fruta, não tinha tempo para mais. “Tenho que começar a levantar-me mais cedo” pensei.
Vesti-me de uma forma simples mas arranjada.
Em menos de meia hora já estava a porta da embaixada, graças ao GPS. Entrei, e disse a secretária que estavam a minha espera. Ela mandou-me entrar e vem um homem na minha direcção que eu reconheço logo.
- Tio Juan?
- Maria! - Disse ele beijando-me. – Eu sabia que tu irias voltar! Deveria ser muito difícil estar na Argentina. Já desde as tuas férias aqui em Portugal que não te via. ¡Lo siento mucho! – Como sempre nem me dava tempo para responder.
- Por é tio, foi-me muito difícil ficar na Argentina. – O meu sorriso desvaneceu-se, engoli em seco e voltei a sorrir – Mas o que é que o Tio está aqui a fazer?
- Eu sou o novo embaixador da Argentina em Portugal. Tomei posse ainda há pouco tem. – Dirige-se para uns sofás que estavam estrategicamente colocados na sala, fazendo-me sinal.
- Não fazia ideia. Muitos parabéns! – Disse sentando-me.
- É uma nova experiência. E tu? Como tens passado? Vieste sozinha para Portugal?
- Tenho andado um pouco triste, já sabe como é – respirei fundo e continuei – Vim com a Susana, ela quis acompanhar-me e acho que fez bem, ela está a adorar Portugal. Até já anda á procura de trabalho. – Disse sorrindo ligeiramente.
- Realmente ela era uma criança muito espevitada e teimosa, ainda me lembro das grandes birras que vocês faziam!
Dei uma gargalhada. O meu tio acompanhou-me. Sabia bem estar novamente ao pé da família.
- Então e tu? Deixaste de competir? Me encantó muchísimos verte competiendo.
- Oh! – Fiquei admirada com este comentário – Eu agora estava a tirar umas férias, mas contava regressar brevemente, ainda não consegui recuperar.
- E gostavas de competir agora mesmo?
- Como assim? Claro que gostava! – O meu coração estava aos saltos, como que a sair-me pela boca.
- Recebi um telefonema á dias atrás do Sport Lisboa e Benfica, conheces? – Acenei com a cabeça. Então não conhecia? – Eles pediram-me que te contactasse, tem andado a seguir-te desde que começaste a competir profissionalmente na Argentina e gostariam de te ter como membro do projecto olímpico deles. Como souberam que tu tinhas vindo para Portugal, e como tens dupla nacionalidade, serve perfeitamente.
Eu estava sem palavras. Afinal não era preciso favores nenhuns, eu consegui com o meu próprio valor em competição. Senti-me como se um peso me saísse de cima dos ombros.
- E então, que te parece?


...
espero que gostem ***

sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Feliz 2011

Um feliz 2011 a toda a gente que leu a minha fic ( e as outras todas tambem!!!)
Um ano memorável, só tenho uma coisa a dizer...

365 dias cabem em apenas uma imagem!!!



MUITO OBRIGADA!!!
FELIZ 2011!!!

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Fall For you... Capítulo 44

novo capitulo!

Capitulo 44

"Slam slam, oh hot damn
what part of party don't you understand,
wish you'd just freak out (freak out already)
can't stop, coming in hot,
I should be locked up right on the spot
it's so on right now (so fuc**** on right now)"


- Muito me contas, sim senhora, mas ainda bem, o que eu mais quero é ver-te feliz. - Dá-me um grande abraço e segreda-me ao ouvido – Mereces ser feliz.
Eu abracei-a mais. O meu porto seguro, sabia que poderia contar sempre com ela.
- Então e já almoçaste?
- Já? Ainda nem sequer são horas… - olho para o relógio e rectifico a minha frase – Ok, vamos almoçar então.
- Colombo?
- Sim, e telefonamos a Romanella, o Saviola disse que ela já estava de volta de Madrid.
- Ai, o Saviola, ainda nem acredito. Lembras-te de os irmos ver ao Monumental?
- Então não lembro? Ai que saudades tenho do meu River.
Saímos de casa e apanhamos um táxi. No Colombo almoçámos num restaurante que eu não conhecia, mas que de certeza que lá voltaria e andámos o resto da tarde as compras. Passei a tarde toda a matutar numa coisa. Precisava de voltar a nadar. Tinha que procurar um clube, umas piscinas públicas, qualquer coisa, o que tinha era que voltar a entrar numa piscina. Falei com a Romanella e ela disse que o Benfica tinha equipa de natação. Disse para eu ir-me informar ao estádio. Nessa tarde decidi-me finalmente por comprar um carro. Um Mini Couper vermelho, sempre fora o carro dos meus sonhos e a Su confessou-me que o meu pai andava a pensar comprar-me um antes de partir em direcção á felicidade, ao lado da minha mãe, eu sabia que ele lá estaria muito mais feliz. Os meus documentos portugueses ainda não tinham chegado, por enquanto ainda era uma turista, mas não tardariam aí e então eu teria os meus documentos.
Mal cheguei a casa e pousei os sacos de compras ouço o meu telemóvel tocar e procuro-o na mala.
- Carteira de mulher – resmungo enquanto não o consigo encontrar.
- Oi paixão! – Ouço do outro lado.
- Meu amor, já chegaste! Como foi o voo?
- Foi normal, e estou cansadão! Só queria falar pra você e depois vou dormir.
- Oh, o meu amor está cansado? E nem um bocadinho de saudades minhas?
- Isso nem pergunta, meu bem! É claro que sim! Mal vejo a hora de voltar.
- Oh eu também, mas agora só daqui por uma semana. – Fiz uma pausa e lembrei-me da conversa com a Romanella – David, sabes se o Benfica tem equipa de natação, ou se praticam essa modalidade?
- Tem si, eu disse pra você que iria tratar desse problema. Já falei pró presidente, disse pra ele que você era uma craque, e ele disse que faziam testes daqui por uns dias. Só tem que inscrever.
- E só me dizes isso agora, meu amor? – Eu levantei-me de um pulo do sofá e comecei a andar de um lado para o outro – Então e como faço?
- O Presidente agora não está aí em Portugal, está com a gente aqui nos Estados Unidos, mas eu falo com ele depois digo alguma coisa pra você.
- Ok. – Fiz uma pausa – Adoro-te!
- Eu também te adoro muito! – Ouvi ele quase a gritar.
- Shhh David, ainda acordas alguém! Olha porque não descansas? Não estavas cansado?
- Sim, como você queira, meu tesouro. Eu vou dormir! Te amo.
- Eu também – e desligou.


...
espero que tenham gostado


sábado, 25 de dezembro de 2010

One Shot "Para Sempre"

Para Sempre

Era um dia de Inverno, e a tua presença era cada vez mais notória, porquê? - Pergunto a mim mesmo, vezes e vezes sem conta, porquê que não podemos ficar juntos, como sempre quisemos. A fama e o dinheiro, parecem tão pouco, perto desse sentimento, não há nada que pague o carinho, dedicação, admiração que sinto por ti…  
Olho pela janela do avião, as nuvens que pairam por baixo deste fazem-me lembrar de você, tudo me faz lembrar de você. Não consigo dormir. Olho pras estrelas, parecem tão longe, tão impossíveis de alcançar, um sentimento parecido aquele que sinto por você, o de perda e incapacidade de novo apodera-se de mim, penso quase por demência “será que estará a observar a mesma estrela que eu?”. Um suspiro longo me trás de volta há realidade, apenas queria ter algo que me fizesse estar mais próximo de você.
Cada vez que me recordo da primeira vez que vi você, de como te mostraste envergonhada, de como a nossa amizade surgiu naturalmente, e de como aquele primeiro beijo foi inesquecível para os dois. Sentir os seus lábios nos meus, o toque da sua pele suave na minha. Sentir que te entregavas por completo a mim, ao nosso amor.
Cada lembrança, só me faz ter mais vontade de deixar tudo para trás e ficar juntinho a você, mas sei que não o posso fazer, seria demasiado da minha parte para com a equipa.
Ontem quando marquei o golo da vitória lembrei-me de você. De como costumava vibrar com cada golo meu, até com cada golo da equipa. De como costumavas abraçar-me no final de cada jogo, de como sussurravas ao meu ouvido “Parabéns meu campeão!” ao fim de cada vitória, de quando me lançavas um sorriso e me consolavas com um beijo nas derrotas.
Você não sabia que trazia sempre comigo a nossa fotografia, daquele dia em que comemoramos 6 meses de namoro, e fomos jantar naquele local lindo, há luz de velas, apenas nós, aquela imensa explanada, numa noite quente de Verão, sobre um céu estrelado.
Estava simplesmente linda, o sorriso... O brilho do seu olhar. Trazia aquele vestido branco que tinha oferecido pra você, com uma simples rosa no punho.
Naquela noite, em que pertencemos um ao outro formando apenas um corpo, sei e posso dize-lo que te amei como nunca.
Volto de novo a realidade, tenho que me obrigar a mim próprio a descansar e dormir, os primeiros raios de Sol surgem pela clarabóia e ainda me esperam umas longas horas de voo.
Finalmente aterrámos e fui directo a minha casa, o mano ainda me perguntou se estava bem para passar a noite sozinho, mas eu só queria pensar e pensar.
No dia seguinte, depois do treino, perguntei ao Ruben se ele me queria acompanhar a praia, queria ter alguém para falar, partilhar esta dor.
Fiquei ali deitado, enquanto meu manz apanhava banhos de sol, por momentos apeteceu-me de novo largar tudo, e atravessar aquele imenso oceano só para estar perto de você.
Foi naquele momento que decidi que queria você pra mim, que não queria sofrer mais, que esse amor iria deixar de ser um amor impossível, eu vou e quero estar com você, lutarei por você, por esse sonho que me mantém vivo.
Dali a duas semanas você voltaria pra Portugal, aqueles dias pareciam intermináveis, mas só de pensar que estaria perto de você, após quase um ano e meio, deixavam-me com um sorriso estúpido nos lábios.
O meu coração quase saltava pela boca, de tantos nervos…”Meu Deus!”…pensei.
O Ruben levanta-se, tira seus Ray Ban, ele sabia a razão da minha ansiedade, de repente trouxe-me de novo a realidade.
- David, já passou um ano, desde que vocês acabaram, tens noção que ela pode ter seguido em frente com a vida dela não tens?
- Sim, mas falando verdade nem queria acreditar nisso, eu pensava que o que nos unia era mais forte, do que o tempo, e que de certa forma ela esperaria por mim.
Tirei os meus Carrera para poder apreciar melhor o por do sol e o Manz me olhava de lado. Eu sabia no fundo que ele tinha razão, mas minha vontade era tanta que me limitava a ignorar ele.
Chegou finalmente o dia, quando sai de minha casa olhei de novo sua foto, e pensei.
“Hoje meu amor, hoje estarei de novo com você, poderei te ter em meus braços.”
Cheguei perto de sua casa, estava saindo do carro, linda como sempre, levava o saco de compras, e vejo que um homem te abre a porta de casa, você lhe dá um beijo na face, e uma criança com um ano de idade surge gritando por você.
- Mamã, voltaste! – Dizia ela, enquanto corria e você a tomava nos seus braços.
Aquela imagem fez o meu mundo se despedaçar.
Não … Ela não, aquele homem, o moleque, o Ruben tinha razão!
Eu estava escondido, mas quando vi essa cena, chutei o lixo que estava ao meu lado e me voltei para ir pra casa.
Sem eu notar, ela repara em minha presença. Ela nem queria acreditar que era eu, acaba mesmo por jogar suas malas no chão, e chama por mim procurando resposta, eu nem reparei, as lágrimas corriam agora em minha face.
-David, és tu… David... Volta! – Ela ainda disse, mas eu nem escutei.
Corri pra casa, pelo caminho, ligo pra minha mãe que está lá longe no Brasil, ela era a única que tinha sempre uma palavra sabia para me aconselhar. Ela não atendia seu celular, deveria estar demasiado ocupada, telefonei então para o manz, ele deveria atender. Nem precisei disso, ele me esperava em frente a porta de minha casa, com um ar de preocupação em sua cara
- Então Mano, que se passa?
- Ela Ruben, ELA!
- David foste ter com a Sara, que se passou?
- Ela mano, eu nem acredito… Casou, e tem um filho… Eu vi Ruben... Eu vi...
- Calma mano, eu sei que não é fácil mas eu estou aqui… Tu não estás sozin…
O Ruben nem acabou a frase, eu abro a porta e vou directamente ao elevador, entro em casa e vou directamente ao bar, o Ruben ainda tenta me impedir mas ele sabia que eu precisava do meu espaço, por isso nada fez, simplesmente me deixou ir.
Entretanto, ela desconfia que era eu, e liga para o Ruben, ela sabia que ele estaria comigo, por isso ligou pra ele.
Durante isso, bebia e bebia até mais não, as lágrimas continuavam a percorrer minha face, sem parecer quererem terminar.
Comecei a pensar, angústia era o que eu sentia.
A vontade de desaparecer, era agora maior, por isso foi até a varanda da sala, para espairecer.
Entretanto, Sara a porta do prédio, pergunta por mim ao mano e sobe até ao 5º andar, onde era a minha casa.
- Abre David... Sou eu a Sara, preciso de falar contigo... Abre! – Ela batia na porta de minha casa.
A criança, que ela tomava em seus braços chorava, por causa do tom alto da sua voz.
Ruben, que vinha mesmo atrás dela, decide intervir.
- Sara, o que é que fazes aqui…
- Era o David não era? Ruben preciso de falar com ele, eu sei que era ele que me estava a ver ainda há pouco!
- Pois, mas acho que ele não quer falar contigo, não achas que o fizeste sofrer demasiado? Deixa-o…
- Tu não percebes, eu preciso mesmo falar com ele, ajuda-me por favor!
- Não Sara, eu não quero e nem vou faze-lo ele não merece sofrer mais por ti. Tu nem tens noção do que deixaste quando te foste embora, o David estava completamente de rastos, mal saia de casa, tinha que o arrastar para os treinos e para os jogos…
O Ruben olhava pra ela, e para o bebe que trazia nos seus braços. Sentia que aquele moleque era um tormento. Quando olha um pouco mais com atenção…
– Mas Sara ele…
Ambos são interrompidos pelo porteiro do prédio, que corria como louco pró pé deles.
Eu estava na varanda da minha sala, apoiado no corrimão, olhando pensativamente para a piscina lá bem no chão.
- Só te tenho a ti, só a ti…
Eu só dizia frases sem sentido, já não via nada, apenas olhava para baixo, pra piscina.
O porteiro, a Sara e o Ruben procuravam-me agora até que lá de baixo Sara me vê, a reacção que teve foi de pedir ao Ruben que segura-se no bebe, e correu até a borda da piscina.
O meu mano, que ficou com a criança nos seus braços sem perceber nada, vai junto dela mas a correr na direcção da piscina.
Ela lá de baixo começa a gritar, eu estava apenas alguns andares mais acima.
- David, sai dai!
- Olha quem é ela, a traiçoeira!
- David sai dai, precisamos de falar!
- Falar, você quer fala? Você por acaso pensou em mim quando andou lá enrolada com o outro?
- Espera David, deixa-me explicar…
- Explicar o quê? Me diz, vai! Vai inventar bobagem pra encher o meu saco de mentiras?
Eu gritava com ela, só sentia raiva a sair de mim.
- Não David, não percebes, não foi…
- Cala-te não quero ouvir mais você, desaparece!
Eu gritava, debruçado no corrimão, e, em um nada, com a raiva a apoderar-me o espírito, me debrucei ainda mais sobre o corrimão.
- David, tem cuidado, por favor, ainda cais… Sai daqui!
- Desaparece, sai você, não quero ver mais você, descola!
- David tem cuidado, Da...
Ela nem acabou de falar, os meus movimentos desencontrados, faziam me agora perder o equilíbrio, e cair em direcção ao nada.
- David!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Sara gritava, mas já não valia de nada.
Ruben, que carregava o moleque e que estava próximo da piscina, onde o meu corpo tinha caído, deu a criança pra Sara e, num acto de aflição tentando me salvar, se atira pra piscina, pegando meu corpo que desfalecia.
Ele mergulhou sem pensar, nem mesmo em si próprio, e, buscando em sua força toda, me trás de volta a solo firme.
- David, aguenta-te mano...
Ele dizia aquelas palavras, enquanto me arrastava até a margem, onde a Sara o ajudou.
- David, por favor, volta! Desculpa. – ela abanava meu corpo que não esboçava nenhuma reacção.
Ruben, vê suas suspeitas confirmadas, ele tinha reparado, mas agora podia confirma, as parecenças desse bebe com o David eram visíveis a todos. Mas naquela hora de aflição, apenas procurava me salvar e não alguma explicação. Entretanto chegam os paramédicos, que se ocupam do meu corpo, que não voltava a reagir, até que ela começa a derramar suas lágrimas sobre mim.
- Não, não, EU NÃO O VOU PERDER! David - ela agarrava-me - Eu sei que tu me estás a ouvir, que bem lá no fundo tu ainda me ouves. Eu… - ela chorava descontroladamente - Nunca te trairia, NUNCA! Eu ainda te amo, sempre vou te amei, sempre te amarei, não me deixes por favor, por ti, por mim, pela tua família… pelo TEU filho - diz estas palavras e cai sobre o meu peito chorando como nunca.
Ruben estava atónito a assistir a toda essa cena, apenas segurava o pequeno Henrique que se movia em seu colo em minha direcção.
De repente, sem explicação nem aviso prévio, uma nova vida se apodera de mim e eu recomeço a respirar.
Sara olhava meus olhos, e chorava, ela apercebeu-se que eu a tinha ouvido, e que tinha voltado para não a deixar sozinha.
Quando voltei a acordar, já estava no Hospital. Ela estava junto de mim, com sua mão segurando a minha, e sua cabeça deitada delicadamente ao lado de meu corpo.
Eu tento me mexer ligeiramente, sem ela acordar, mas em vão, ela acorda.
- David, tu acordaste… - Ela me lançava o seu sorriso que nunca esquecerei.
Eu tentei esboçar também, mas minha cara me doía, ela riu-se de minha expressão.
- David, eu tenho tanta coisa para falar contigo. Aquele.. aquele homem não é meu marido, apenas um primo meu que me foi buscar ao aeroporto, e estava me a ajudar a cuidar a carregar o Henrique, ele… - respirou fundo - Ele é teu filho. Sei que o devia ter dito antes, mas eu estava nos Estados Unidos, e tu tinhas cá o futebol, e estavas mais concentrado que nunca no teu sonho. Agora sei que foi a coisa mais estúpida que poderia ter feito em toda a minha vida.
- Não fala bobagem – disse eu com dificuldades em respirar - Meu sonho é estar com você pra sempre.
Nisto entra o Ruben, com um sorriso na sua cara, com o pequeno Henrique na sua cara.
- Mano, tu estás bem?
Fiz sinal que sim, com a cabeça, ainda me custava falar, e vejo o bebé a querer sair do seu colo, querendo vir pra junto de mim.
- Papá! - dizia o moleque, lançando-se pra mim
- Mas, como é que…
- Eu sempre lhe mostrei fotos tuas, nunca  deixei esquecer-se de ti assim como eu nunca me esquecia de ti. Explicava-lhe que qualquer dia o iria ver, e que ele iria gostar muito dele. – ela corava á medida que confessava tudo isso.
- Mas tu sabias que podias não voltar – disse eu pra ela.
- Mas eu nunca te esqueci, cada vez que o pequeno Henrique sorria, cada vez que olhava para ele enquanto ele dormia, eras tu que eu via, era em ti que eu pensava. Queria tanto apanhar um avião e atirar-me de novo nos teus braços, não sabes a quantidade de vezes que tive prestes a fazer isso!
O bebé estava agora ao seu colo, com seus olhos postos em mim, e vi os meu olhos reflectidos nos seus, como espelhos, e tive a certeza, ele era a mais bela coisa que poderia ter acontecido do nosso amor.
Ele tocava-me na mão, e falava pra mãe dizem “É o papá?”
Eu de inicio até estranhei, mas depois só me apetecia ficar assim pra sempre, com ela, com a nossa família. Pedi ao Ruben que pegasse no pequeno Henrique em seu colo e fiz um esforço para me sentar na cama.
A Sara aproximou-se de mim e eu sussurrei ao seu ouvido.
- Fica comigo, por favor!
- Para sempre – ela respondeu e eu a beijei apaixonadamente nos seus lábios.


...
que tal, gostaram?

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Feliz Natal!

olá meus amores.
Dia 24 chegou!!!
Um Santo e Feliz Natal para tod@s, Merry Christmas, Feliz Navidad, Joyeux Noël, Frohe Weihnachten, Buon Natale, e em todas as outras linguas que eu não sei falar!!!

beijos***

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Fall For you... Capítulo 43

novo capitulo ( finalmente :) )

Capitulo 43

"You don't have to believe me
But the way the way I see it
Next time you point a finger
I might have to bend it back
Or break it, break it off
Next time you point a finger
I'll point you to the mirror "


Tentava ver o lado positivo. Era só uma semana. Ainda agora o conheci, ele já era importante, mas ele já se estava a ir embora. Em trabalho, eu sei, mas mesmo assim, as saudades iriam apertar. A equipa já estava a sua espera, e o David não se livrou do raspanete do mister por se ter atrasado. Disse olá ao Ruben, que me pareceu muito em baixo, nem um sorriso me deu. Percebi que teria alguma coisa a ver com a Su e nem me meti. Não sai do lado do David durante todo o tempo em que ele esteve a espera de entrar no avião, mas quando chegou a altura, teve que ser. Senti a sua mão a deixar a minha levemente e muito lentamente, como se não quisesse estar longe da minha. Olhei para ele, sorria, mas os seus olhos diziam uma coisa completamente diferente.
- Promete que me ligas mal chegues, não me interessa a diferença de horários. – Disse-lhe com um ar triste.
- Claro que sim minha bonequinha, vai ser a primeira coisa que vou fazer mal ponha o pé no chão. – Deu-me um beijo na testa e separou finalmente a minha mão da sua. Eu fiquei presa ao chão, sem reacção, á medida que o via afastar-se. Saí do aeroporto e apanhei um táxi para casa.
Mal cheguei vi a Su deitada no sofá, com uma taça enorme de cereais na mão.
- Olá mi amor!
- Olá menina Maria, então essa noite? Nem vieste dormir a casa, muito bem!
- Ai, tu cala-te lá, ficámos os dois sem bateria no telemóvel, tivemos que dormir no carro dele.
- Muito me contas!
- Não se passou nada, não comeces com coisas…
- Quem disse que ia começar?
Deitei-lhe a língua de fora e ela contorceu-se de riso.
Tirei os sapatos e calcei as minhas pantufas quentinhas. Voltei á sala para falar com a Su. O Ruben parecia mesmo triste no aeroporto. Ela encolheu-se no sofá e eu sentei-me.
- Sabes, hoje fui levar o David ao aeroporto.
- Sim eu sei, e dai?
- Vi o Ruben, ele parecia um pouco triste.
- Ai sim?
Ela encolheu-se ainda mais e desviou o olhar para a televisão.
- Que é que se passa Susana?
- Olha, se queres que te diga nem eu sei… desde os meus anos que ele está triste, nem sequer fala comigo. Aliás, desde que eu comecei a falar com o Alan que ele está assim.
- Oh Su tu não percebes que ele gosta de ti? Acorda…
- Achas mesmo que eu não percebi? Mas também ele devia ter feito alguma coisa, falar comigo, sei lá! Sabes que detesto que não falem directamente comigo.
- E já pensaste que ele pode ser tímido?
- Ah Maria, por favor, ele não é nada tímido. Devias ter visto quando fomos ao cinema!
- Já pensaste que pode ter ciúmes?
- Do Alan?
- Obvio, nos teus anos estavas sempre a falar com ele.
- Olha, não sei, ele devia era ter vindo falar comigo.
- Tu é que sabes. – Às vezes esta rapariga conseguia ser mesmo teimosa, não cedia.
- Então e o jantar? De certeza que é mais interessante do que esta conversa.
Rolei os olhos em direcção ao tecto e soltei um sorriso.
- Oh, foi uma das melhores coisas que me aconteceu. Ele é único e faz-me sentir única!

...
espero que gostem***



segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Fall For you... Capítulo 42

Obrigada pelos comentários :)

Capítulo 42
"Echoes knocking on locked doors
All the laughter from before
I'd rather live out on the street
Than in this haunted memory"



Acordo com o som de uma pancada no vidro do carro. Abro os olhos a custo e reparo no David ainda a dormir. Olho para o vidro que está a minha frente e vejo uma figura enorme a olhar pelo vidro. Acordo o David, olho para o relógio e vejo que são 7 horas da manhã. Ainda não estava atrasado, felizmente.
- David, acorda, está alguém lá fora. É melhor ires ver.
Ele abre os olhos a custo e pisca-os ao inicio. Lança-me um sorriso cintilante.
-Bom dia meu amor!
Beija-me e esqueci-me do estranho que está do lado de fora, abraço-o e esborracho ainda mais os meus lábios contra os dele.
-Adoro os seus beijos, mas me estava dizendo alguma coisa?
Desci a Terra a voltei a olhar pela janela. O David arqueou a sobrancelha e saiu do carro pela outra porta e eu segui-o. Vi-o por as mãos nas costas e senti-me culpada. A sorte é que a temporada já terminou.
- Bom dia! – Ouço o David dizer à figura que estava do outro lado do carro.
- Bom dia senhor. Desculpe incomodar, mas eu reparei que o carro estava aqui estacionado e pensei que precisassem de ajuda.
- Não tem problema, até agradeço, assim acordou a gente. Muito obrigada!
- De nada. E precisam de alguma coisa? Boleia talvez…
O David olhou para mim e eu tentava aquecer-me, mas a verdade é que estava a morrer de frio e estava a precisar de um banho quente.
- Se não se importa, aceitamos a boleia. Tenho um avião para pegar.
- Com certeza!
O David sorriu e voltou-se para ir buscar as suas coisas ao carro.
- Tens a certeza?
- Que tem de mal? Eu telefono ao mecânico de casa, não tem problema.
Entrámos no carro e o senhor seguiu para o carro. Em pouco tempo chegámos a casa do David. Telefonei a Su para a descansar. Ela estava à procura de emprego. Teimosa. O dinheiro que o papi me tinha deixado chegava perfeitamente para fazermos uma vida normal, mas ela e o seu orgulho eram um aliado que eu não conseguia derrotar. E tenho que admitir que também já sentia saudades de competir. Tracei como objectivo para esta semana sem o David tentar encontrar um clube para competir. Voltar a sentir a água a passar pelo meu corpo, voltar a sentir o frio das medalhas no meu corpo acabado de sair da piscina.
Esperei pelo David, enquanto ele se preparava para a viagem. Tentei pensar no lado positivo, era só uma semana. Mas ia custar, já não dava para estar longe. Passei tanto tempo enganada, a pensar que tinha encontrado o homem da minha vida, o que estava destinado para mim. Mas só me estava a enganar e a magoar. Só estava a cavar um buraco no qual cai e só consegui sair com a ajuda da Su e do meu pai. Foi pelo amor que sinto por eles e por velos sofrer por minha culpa que consegui não bater no fundo.
Mas desde que cheguei a Portugal, desde que conheci melhor o David, desde que virei uma página da minha vida, tudo ficou mais claro.
O David vala no seu sol, mas eu é que ganhei um novo sol. Que mantém viva a chama da minha vida. Foi-me levado um, mas ganhei outro.
Foi-me levado um por infelicidade o sol mais importante. Ou felicidade, pois acredito que todos temos uma alma semelhante por esse mundo fora, uma alma que nos complete. E então a felicidade voltou com o David. Voltou a vontade de viver, a vontade de saltar para uma piscina e levar-me pelos movimentos sincronizados de braços e pernas. Voltou a vontade de amar, de me entregar.
O David levou-me até casa, ou melhor, fomos de táxi, visto que o carro dele ainda não tinha chegado. Fui tomar banho e vestir-me para o levar ao aeroporto.
- Você está gata, assim nem quero ir.
Corei e dei-lhe um beijo.
- Vais sim, e fazes o favor de voltar depressa!

...
Espero que gostem :)
beijos***

sábado, 4 de dezembro de 2010

Fall For you... Capítulo 41

Capítulo 41

"Maybe you're reason why all the doors are closed
So you could open one that leads you to the perfect road
Like a lightning bolt, your heart will blow
And when it's time, you'll know"

Depressa pagámos a conta, não sem antes o David por em pratica o seu cavalheirismo e me obrigar a ceder, e ser ele a pagar a conta. Ele abriu-me a porta do carro, outra vez cavalheiro. Entrou no outro lado do carro e beijei-o. Ele sorriu e arrancou.
Durante a viajem parecia que tinha engolido um rádio, fartou-se de falar, rir, e eu ouvia-o atentamente, queria vê-lo solto na nossa relação. A certa altura o carro começou a abrandar e vi o David com uma expressão alarmante na cara.
- Não me digas que…
- Não se preocupa, meu amor, eu vou ver o que se passa.
Sai do carro e eu sigo-o. Levantou o capot e olhou atentamente para os tubos e fios que estavam lá
- Tu não percebes muito disso, pois não?
Ele olha para mim com uns olhos piedosos e solta um sorriso envergonhado.
-Imagino que você também não, a não ser que me surpreenda.
- Eu? Só carrinhos de brincar e mal! Aliás, ainda tenho que comprar o meu carro aqui de Portugal, portanto, não, não é a minha matéria preferida…
- E agora? Já sei, ligamos ao meu mecânico
Tira o telemóvel do bolso e marca o número
- Alô? Alô? Puxa fiquei sem bateria!
- O quê? Eu não acredito! – Vou dentro do carro á minha mala e tiro o meu telemóvel – Liga pelo menos ao Ruben para nos vir buscar, amanhã telefonas ao mecânico!
Ele pegou no telemóvel e deu uma gargalhada enorme, que me assustou. Ele contorcia-se de riso e eu tentava alcançar o telemóvel, para ver o seu motivo de tanta alegria.
- Meu amor, parece que está tudo conta nós. – Ele estende-me o telemóvel e vejo que este também está sem bateria.
- A sério? Estás a gozar comigo, é eu só pode. ¡os mio!lhos.com as mambvo de tanta alegria.
o telemonas ao mecto, nado.
er, e ser ele a pagar a conta.Dios mío! - Disse com as mãos nos olhos. – onde é a estação de serviço mais próxima?
Ele coçou a cabeça e lançou-me um olhar divertido
- Só sei que estamos no meio do nada. E também nessa hora não vamos a lado nenhum a pé.
- E queres ir onde? Ficamos a dormir no carro?
Eu vi os seus olhos a iluminar, como se acabasse de ter uma ideia e cheguei logo lá.
- Ah não, nem penses, amanha vais para os Estados Unidos e precisas de dormir bem.
- Você vê outro jeito? Veja o lado bom, vai dormir agarradinha a mim!
Tentava ver o lado positivo, mas não encontrava nenhum para além desse, apesar de… mas ele iria acordar cheio de frio e com dores de costas, ele tem que cuidar da sua saúde.
- Por favor? – ele aproximou-se e embrulhou-me no seu abraço – Eu prometo eu loguinho de manhã vou telefonar ao Ruben pra nos vir buscar.
- Prometes? – ele acenou afirmativamente e encostou a sua testa á minha.
- Prometo, loguinho de manhã. Mas agora vamos pra dentro do carro que está começando a resfriar.
Entrei no carro e o David foi aos bancos de trás, ajustá-los.
- Estás a pensar em dormir aí?
- Claro! – ele abre-me a porta e arrasta-me para os bancos traseiros. Senta-se e faz sinal para eu me aninhar no seu colo.
- Não é palácio nenhum meu amor, mas sempre fica aqui comigo.
Sentei-me por entre as suas pernas e encostei-me ao seu peito. A sua respiração fazia-me cócegas no pescoço, mas nem me atrevi a dizer nada, a nossa posição já era desconfortável o suficiente. Aposto que as suas costas lhe estavam a doer.
-Obrigada. – disse-lhe sinceramente – Obrigada por me fazeres a rapariga mais feliz do mundo neste momento. Obrigada pelo jantar maravilhoso, pelas prendas. Obrigada por seres como és. Eu amo-te meu caracolinhos preferido.
Ele afastou o cabelo do meu pescoço e deu-me leves beijos.
-Te amo. Te amo. Te amo.
Adormeci agarrada a ele, a questionar-me se ele acordaria a tempo de apanhar o avião amanhã.

...
espero que gostem***

sábado, 27 de novembro de 2010

Fall For you... Capítulo 40

Para a minha criatura, como ela diz, e em memoria das nossas sexta-feiras juntas, a fazer parvalhices ou simplesmete a ler fics nas aulas de fisica e quimica xD

Capitulo 40

'Girl you're so one in a million
You are
Baby you're the best I ever had
Best I ever had
And i'm certain that
There ain't nothing better
No there ain't nothing better than this'



Durante o jantar conversámos sobre as mais variadas coisas, continuámos a conversa dos dias anteriores. Cada coisinha nova que ele revelava, cada expressão que ele fazia às minhas respostas, eu decorava tudo. De vez enquanto soltava o seu sorriso brilhante e eu não me continha, tinha que sorrir também.
- Quer fazer um brinde? – Propõe com o seu copo de água erguido.
- Não sei, acho que brindar com água dá azar…
- Tem razão! – Levanta o braço para chamar o empregado que rapidamente se apresenta na nossa mesa.
- Por favor, importa-se de nos trazer uma garrafa de champanhe e um copo para cada um? Vamo fazer um brinde!
- Sim, claro, é para já.
O empregado demora pouco tempo, trazendo consigo uma garrafa de champanhe que ao longe apercebi-me logo que era francesa e dois copos de pé alto. Pousou-os na mesa sem proferir um som e afasta-se novamente.
- Maria, desde que quase te ia atropelando que o meu mundo ganhou um novo sol. Tenho mais um motivo para sorrir, para fazer alguém sorrir. - Sorri. Estava a ver o ponto onde ele queria chegar. - Sempre pensei que deus tinha guardado algo para mim, alguém que me acompanhasse para o resto da minha vida. Alguém importante, e hoje eu sei que eu estava certo e que Ele nunca me desilude. - Senti-me irradiar luz, tal como o sol de que ele falava. Ele agarra na minha mão e lança-me um olhar matador ­ – Eu gosto de fazer a coisa certinha, de fazer a coisa á antiga, pode dizer assim.
Levantou-se e eu comecei a assustar-me. O que é que ele estava a fazer?
- Atenção, quero a atenção de todo mundo. – Todos os olhos se voltaram para a nossa mesa e eu senti o sangue a subir-me às maças do rosto. - Essa e a mulher que eu amo. E quero ficar com ela pró resto da minha vida. Maria aceita namorar comigo?
Não respondi. O nó que tinha na garganta não me deixava. Comecei a ouvir um burburinho e apercebi-me que estavam todos á espera de uma resposta minha, incluindo o David. Ele viu-me bloquear e a sua expressão esmoreceu. Sentou-se. Agradeci aos deuses por ele o ter feito, não aguentava falar em público!
 - David, não fiques com essa carinha. – Agarrei-lhe na mão que não tinha o copo e apertei-a levemente. – Sabes perfeitamente que eu não gosto de coisas em público – ele ia falar mas eu fuzilei-o com o olhar – é claro que eu aceito, mas não era preciso falares em Alta voz, eu aceitava na mesma. – Soltei um sorriso e senti-o largar a minha mão. Levantei a cara mas não o vi sentado no seu lugar. Senti-o levantar-me a abraçar-me
- Te amo.
- Eu também David!
Ele beija-me carinhosamente, como se fosse a primeira vez.
- Tenho mais uma surpresa para você – disse ele pousando-me no chão.
- Ai o quê, tu hoje estas irrepreensível - disse dando-lhe um beijo curto.
Ele saiu durante um minuto e voltou com um saco. Sentou-se na mesa e lançou-me um sorriso maroto. De dentro do saco tirou uma espécie de livro, um álbum de fotos. Fiz um ar de confusão e ele voltou a sorrir. Tirou também um pequeno envelope.
- Um presentinho para você, para completar sempre que quiser. – Entregou-me o álbum e eu vi gravado “ Maria & David”. Entregou-me também o envelope e nele havia fotos do nosso dia da visita guiada. Contemplei-as, uma por uma, escolhendo a melhor. Retirei-a e coloquei-a na primeira página.
- A primeira foto, meu caracolinhos! Adorei, de verdade, não estava nada á espera. Agora até me sinto mal por não ter nada para ti.
- Deixa pra lá, você me fez feliz a pouquinho quando disse que namorava comigo.
Levantei-me, nem me importei com as poucas pessoas que agora estavam no restaurante, sentei-me no seu colo e beijei-o apaixonadamente.

 


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espero que gostem***