sábado, 27 de novembro de 2010

Fall For you... Capítulo 40

Para a minha criatura, como ela diz, e em memoria das nossas sexta-feiras juntas, a fazer parvalhices ou simplesmete a ler fics nas aulas de fisica e quimica xD

Capitulo 40

'Girl you're so one in a million
You are
Baby you're the best I ever had
Best I ever had
And i'm certain that
There ain't nothing better
No there ain't nothing better than this'



Durante o jantar conversámos sobre as mais variadas coisas, continuámos a conversa dos dias anteriores. Cada coisinha nova que ele revelava, cada expressão que ele fazia às minhas respostas, eu decorava tudo. De vez enquanto soltava o seu sorriso brilhante e eu não me continha, tinha que sorrir também.
- Quer fazer um brinde? – Propõe com o seu copo de água erguido.
- Não sei, acho que brindar com água dá azar…
- Tem razão! – Levanta o braço para chamar o empregado que rapidamente se apresenta na nossa mesa.
- Por favor, importa-se de nos trazer uma garrafa de champanhe e um copo para cada um? Vamo fazer um brinde!
- Sim, claro, é para já.
O empregado demora pouco tempo, trazendo consigo uma garrafa de champanhe que ao longe apercebi-me logo que era francesa e dois copos de pé alto. Pousou-os na mesa sem proferir um som e afasta-se novamente.
- Maria, desde que quase te ia atropelando que o meu mundo ganhou um novo sol. Tenho mais um motivo para sorrir, para fazer alguém sorrir. - Sorri. Estava a ver o ponto onde ele queria chegar. - Sempre pensei que deus tinha guardado algo para mim, alguém que me acompanhasse para o resto da minha vida. Alguém importante, e hoje eu sei que eu estava certo e que Ele nunca me desilude. - Senti-me irradiar luz, tal como o sol de que ele falava. Ele agarra na minha mão e lança-me um olhar matador ­ – Eu gosto de fazer a coisa certinha, de fazer a coisa á antiga, pode dizer assim.
Levantou-se e eu comecei a assustar-me. O que é que ele estava a fazer?
- Atenção, quero a atenção de todo mundo. – Todos os olhos se voltaram para a nossa mesa e eu senti o sangue a subir-me às maças do rosto. - Essa e a mulher que eu amo. E quero ficar com ela pró resto da minha vida. Maria aceita namorar comigo?
Não respondi. O nó que tinha na garganta não me deixava. Comecei a ouvir um burburinho e apercebi-me que estavam todos á espera de uma resposta minha, incluindo o David. Ele viu-me bloquear e a sua expressão esmoreceu. Sentou-se. Agradeci aos deuses por ele o ter feito, não aguentava falar em público!
 - David, não fiques com essa carinha. – Agarrei-lhe na mão que não tinha o copo e apertei-a levemente. – Sabes perfeitamente que eu não gosto de coisas em público – ele ia falar mas eu fuzilei-o com o olhar – é claro que eu aceito, mas não era preciso falares em Alta voz, eu aceitava na mesma. – Soltei um sorriso e senti-o largar a minha mão. Levantei a cara mas não o vi sentado no seu lugar. Senti-o levantar-me a abraçar-me
- Te amo.
- Eu também David!
Ele beija-me carinhosamente, como se fosse a primeira vez.
- Tenho mais uma surpresa para você – disse ele pousando-me no chão.
- Ai o quê, tu hoje estas irrepreensível - disse dando-lhe um beijo curto.
Ele saiu durante um minuto e voltou com um saco. Sentou-se na mesa e lançou-me um sorriso maroto. De dentro do saco tirou uma espécie de livro, um álbum de fotos. Fiz um ar de confusão e ele voltou a sorrir. Tirou também um pequeno envelope.
- Um presentinho para você, para completar sempre que quiser. – Entregou-me o álbum e eu vi gravado “ Maria & David”. Entregou-me também o envelope e nele havia fotos do nosso dia da visita guiada. Contemplei-as, uma por uma, escolhendo a melhor. Retirei-a e coloquei-a na primeira página.
- A primeira foto, meu caracolinhos! Adorei, de verdade, não estava nada á espera. Agora até me sinto mal por não ter nada para ti.
- Deixa pra lá, você me fez feliz a pouquinho quando disse que namorava comigo.
Levantei-me, nem me importei com as poucas pessoas que agora estavam no restaurante, sentei-me no seu colo e beijei-o apaixonadamente.

 


...

espero que gostem***

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

não sei...

não sei o que se passa, não sei para onde foi a raça, o querer sempre mais, o sorriso nos lábios dos jogadores, dos adeptos...

não se para onde foram as jogadas acutilantes, os constantes cruzamentos, fintas, tabelas, sprints, remates a rondar o golo...

não sei para onde foi a ambição de conquistar tudo, lutar até ao fim, dar a vida pelo Benfica...

não sei como está o meu pé, depois da quantidade de pontapés que dei a mesa depois de cada golo certo falhado...

não sei se hoje vou conseguir dormir ou se vou ter pesadelos, eu sei lá...

não sei se amanhã alguém vai sair vivo da escola se se atrever a pronunciar uma palavra acerca do jogo de hoje...


uma coisa eu sei... BENFICA ATÉ MORRER!!!

domingo, 21 de novembro de 2010

Fall For you... Capítulo 39

"Tell them all I know now
Shout it from the roof top
Write it on the sky line
All we had is gone now
Tell them I was happy (i was happy)
And my heart is broken
All my scars are open
Tell them what I hoped would be
Impossible"
Eu estava maravilhada com as estruturas do Caixa futebol campus. O David assegurou-me que eram fantásticas e os outros rapazes também. Estranhei a Su não ter vindo, mas ela desapareceu antes de eu ainda ter tomado banho. Não dei muita importância, ela sabia o que fazia.
Durante o treino, que provavelmente foi o mais divertido a que tinha assistido, via as brincadeiras que ele ia fazendo no campo. Ora fintava o treinador, ora festejava um golo a dançar com os colegas, ou caia na ratoeira do Javi e passava-lhe a bola para ele marcar golo.

Estava maravilhada, outra vez com os adeptos. No estádio tinha sido diferente, eu estava no camarote, mas agora estava mesmo no meio da loucura. Ainda me lembrava de algumas músicas, por isso não me coibi de as cantar.
- A menina também sabe as músicas, é benfiquista desde pequenina, vejo.
Ri-me.
- Por acaso não, mas passei a ser desde domingo. Aquele ambiente no estádio contagia toda a gente.
- Ainda bem, adoro quando recebemos uma cara nova na nossa família, ainda por mais uma tão bonita.

Senti-me incomodada, não era normal receber elogios de homens mais velhos. Andei umas quantas cadeiras para o lado, para me afastar do senhor, o que era uma sorte porque as bancadas estavam completamente cheias. Por sorte o treino estava mesmo a acabar e dirigi-me a sala de convívio, para esperar pelo David. Mas se o desgraçado tentasse alguma coisa isto virava o Texas, sou muito pacífica, mas quando abusam têm que ouvir.
Estava embrenhada nos meus pensamentos quando ouço vozes atrás de mim a chamarem-me.
- Maria!
Viro-me no sofá e vejo o Saviola e o Aimar a aproximarem-se, provavelmente estaria chegar o resto do pessoal, os mesmos de sempre é que iriam ficar para último.

- Hola Aimar, Saviola, ¿Qué tal?
- Bien, pero tienes que nos tratar por Pablo y Javier, ¿qué somos amigos no?
- Por supuesto Pablo –Ri-me – Entonces, donde está Romanella, Javier, me encantaba hablar con ella, Su y yo tenemos que combinar con ella una salida solamente de chicas.
- Ella estuve en Madrid, pero hoy llega a casa, ¿quieres su número de teléfono?
- Me encantaba, sí, claro. Y David, ¿él nunca más llega?
- Usted sabe como es una niña. ¡Hola Maria!
- Hola Javi. ¿Qué tal?

Não mais me concentrei na conversa, ao longe ouvia a voz do David e um outro sotaque brasileiro, com uns Portugueses á mistura
- Já sei porque você hoje parecia uma pulga se vestindo, tinha a mocinha te esperando, hein?
- Não zoa, não Luisão, ela fica envergonhada.
Era inevitável, já estava vermelha. Ele veio na minha direcção e eu levantei-me beijando-o. Era a primeira vez que o fazíamos em público, mas mesmo assim não deixou de ser especial, como cada um!

- Vem, te levo a casa.
Segui-o, sentia-o tenso. Quando nos sentámos no carro ele olhou para mim e tinha a sua ruga de preocupação por entre os olhos ainda mais visível.
- Que se passa caracolinhos, podes contar-me.
- Nada, é que nós vamos fazer uma digressão pelos Estados Unidos, e me vai custar montão ficar longe de você!
Senti-me triste, com um aperto no coração. Ele já ia embora e ainda. Mas era assim a vida de Jogador de futebol, eu já deveria ter adivinhado.

- Não fica triste assim, eu prometo que falamos todinhos os dias e que nos vemos por computador, e que te trago um montão de presentes.
-Presentes não, meu amor, não gastes dinheiro comigo.
- Presente sim e não se fala mais no assunto.
Ele parou o carro e eu fiz beicinho. Não queria ceder.
- Não faz essa carinha, me deixa mal por te deixar cá por uma semana.
Abracei-o.
- Isso já é saudade?
- Vou ficar uma semana sem te abraçar, tenho que o fazer antes que tu partas.

- Assim vai me deixar ainda mais com saudade. – Parou de falar por um pouco – Fazemos assim, vai para cima, toma um banho, muda de roupa, assim uma mais formal que vamos jantar fora.
- O que vais tramar David luiz Moreira Marinho?
- Depois vê, preciso apenas de fazer um telefonema.
Beijou-me levemente os lábios e eu sai do carro. Ele foi-se embora e eu subi. Um jantar formal, que vestir, sempre o mesmo dilema.

Tomei banho em tempo recorde, já se aproximava a hora do jantar e sentei-me na minha cama a apreciar os vestidos. Tinha trazido tudo o que tinha, mas estava a precisar seriamente de mais.
Não queria nada nem muito formal nem muito casual.


Preparei-me e mandei uma mensagem ao David.
“Meu amor já estou pronta.
Vem depressa, já estou com saudades:) ”
Ele não respondeu, deveria estar quase a chegar.
...
espero que gostem

sábado, 20 de novembro de 2010

Fall For you... Capítulo 38

Novo Cap. :)

Capítulo 38

"Baby you got me, aint nowhere that I'd be
Then with your arms around me
Back and forth you rock me
So I surrender, to every word you whisper
Every door you enter, I will let you in"

Acordei com o som de uma gargalhada. Sem abrir os olhos, tento alcançar o meu menino dos caracóis. Apenas senti o frio do sofá. Ouço outra gargalhada. Levanto-me, e ao passar pelo espelho da entrada dou um salto para trás. Parecia um bicho com o cabelo desalinhado. Tentei compô-lo, mas nada feito.
- Vou tomar banho, o que quer que estejam para ai a falar vão ter que me explicar depois! – Gritei para a cozinha enquanto me dirigia para a casa de banho.
Ouço um bater na porta enquanto preparava o banho.
- Posso entra?
Virei-me e vi-o com um sorriso brilhante. Dirigi-me a ele e beijei-o levemente.

- Bom dia, mi amor.
- Ummm falando espanhol… gosto, te da um ar sexy
Corei e enterrei a cara no seu peito.
- Tenho que treinar, se não perco a pratica. – Disse contra o seu peito.
Sexy…. Oh meu deus estou condenada a corar ao pé dele.
- Queres ajudar-me a escolher a roupa?
- Claro, te quero bem bonita, para ir assistir ao treino, se bem que fica bonita de qualquer jeito!
- Quem disse que eu ia?
- Eu te convidei, e vai estar lá um montão de gente, você vai ver que vai gostar.
- Ok, mas só porque pediste.

Beijei-o e arrastei-o até ao guarda-fatos. Ia ser ele a escolher-me a roupa.
- Não quero você provocando os rapazes lá no seixal, vai mais tapadinha que continua linda
- Estás com ciúmes, menino David?
- Claro que não, sei que você é só para mim!
Atirou a roupa que escolheu para cima da cama e apertou-me contra o seu corpo.
- Só para mim – disse e sorriu. Começo a desconfiar que ele sorri só para ouvir o meu coração falhar um batimento! – Sabe, eu não me importava não de faltar ao treino dessa tarde…
- Claro que importavas, acabaste de ser campeão! E ainda para mais quero ver-te treinar.

- Ok mãezinha, eu vou! – E sorriu outra vez.
Ouço leves batidas na porta do quarto. Rodo sobre os pés, sem me afastar do David e vejo a Su a rir-se.
- Sabem pombinhos, eu estou feliz por vocês, mas não devias estar atenta á água do banho? Daqui a pouco temos os vizinhos a reclamar que chove no apartamento deles.
Trinquei o lábio inferior e a Su piscou-me o olho. Como eu amava aquela miúda!
Soltei-me do David e fui desligar a água. Demorei pouco tempo. Vesti-me e já tinha o David á minha espera na sala.



- Tapadinha e gostosa na mesma. Não quero todo mundo olhando.
- Não conhecia essa tua faceta…
- Tou zoando com você, está perfeita!
Saímos e ele foi a casa tomar banho e trocar de roupa. Pelo caminho tomámos o pequeno-almoço num café que aquela hora ainda estava relativamente cheio. Senti-me com mil olhos postos em cima de mim, mas o David assegurou-me que com o tempo iria mudar. Era desconfortável ouvir comentariozinhos acerca de nós, sentimo-nos deslocadas, mas a mão do David que apertava a minha dava-me força.


...
Espero que gostem ***

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Fall For you... Capítulo 37

Dedicado ao meu bicho... Ai a musica do Michael com a tua choradeira (andamos muito choronas xD )

Capítulo 37

"This life don't last forever (hold my hand)
So tell me what we're waitin for (hold my hand)
Better off being together (hold my hand)
Than being miserable alone (hold my hand)
Cause I've been there before
And you've been there before
But together we can be alright.
Cause when it gets dark and when it gets cold
We can just hold eachother till we see the sunlight
So if you just hold my hand
Baby I promise that I'll do all I can
Things will get better if you just hold my hand
Nothing can come in between us if you just hold, hold my, hold my, hold my hand"

 
 
Decidimo-nos por passar o resto da noite a conversar. A sua família do Brasil, a minha vida na Argentina, os nossos amores, o Benfica, tudo deu para nos conhecermos melhor. Ele acabou por adormecer no meu colo, como uma criança, enquanto eu lhe mexia nos seus cabelos, maravilhada com tanta beleza interior e exterior junta. Na sua cara, que por esta altura já nem tinha o gelo que ele usava para diminuir o inchaço do lábio, estava um sorriso perfeito, o seu sorriso que me derretia sempre que ele o fazia.
Sobressaltei-me com o barulho de umas chaves na fechadura e olhei instintivamente para a porta, de onde entrava uma Su em pezinhos de lã, como se tivesse cometido algum crime.
Olhei para o relógio. Marcava 3h30m.
- Lindas horas para chegares a casa – disse fazendo-me de mãezinha.
- A culpa não foi minha, foi o Alan que nunca mais queria vir embora…
- O Alan?
- Sim o Alan, porque?
- Nada, pensava que vinhas com o Ruben, mais nada.
- Pois, eu também, mas não sei o que se passou com ele, estava na pista de dança e deixei de o ver.
Ela sentou-se ao pé de mim e levantou ligeiramente a sobrancelha, com ar de curiosidade.
- Pensei que vinhas para casa sozinha.
- Ele acompanhou-me, e salvou-me do Enrique.
- O que, ele está aqui? – Perguntou impaciente e também com raiva na voz.
- Sim, mas também não quero saber disso. Ai mi amor, estou nas nuvens – fiz uma ligeira festa na cara do David que se mexeu suavemente. Ele declarou-se, eu declarei-me, estoy tan contenta!
- Pois, já percebi que sim, e aí o mister caracóis até adormeceu ao teu colo, sim senhor.
- Ai, deixa-te disso, ele estava magoado e estava a aplicar gelo no lábio!
- A aplicar gelo e outra coisa, presumo – disse soltando um risinho.
- Vai dormir que o sono está-te a subir a cabeça, mi amor. – Disse-lhe, levantando-me de vagar para não acordar o David – eu vou fazer o mesmo.
Decidi deixar o David a dormir no sofá que era suficientemente grande para fazer de cama individual. Era melhor não o acordar do seu sono profundo, e também ele deveria estar em dores. Tirei-lhe as sapatilhas e as calças, para que não tivesse dificuldades em dormir e cobri-o com uma manta bem quentinha. E ele não acordou durante isto tudo.
Aproximei-me dele e beijei-o delicadamente na testa, ao passo que o David soltou um ligeiro sorriso.
Lavei os dentes e deitei-me no quentinho dos meus cobertores. Não tirava da cabeça a situação em que pus o David por causa do outro anormal. E o pior era que ele tinha saído magoado. E a polícia também não iria dar em nada, o Enrique é uma pessoa muito mesquinha e influenciadora, manipuladora. Senti-me com medo. Não medo por mim, pois já tinha sofrido muito por causa dele e quase que não me afectava, mas sentia medo pelo ser precioso que estava a dormir na minha sala.

Levantei-me, vesti o robe pois já estava a ficar frio e fui até ao quarto da Su.
- Su, já dormes? – Bati ligeiramente na porta e ninguém respondeu. Já estava a dormir. Pois, com a noite de aniversário que teve, imagino o cansaço.
Voltei-me para a sala. Não queria acordá-lo, mas estava a precisar de um dos seus abraços. Alcancei o outro sofá e coloquei-o mesmo ao lado do David, para tornar a “cama” maior. Procurei por outro cobertor e deitei-me, abraçando-o. Era muito mais fácil, e talvez mais cómodo para os dois, eu tê-lo acordado, mas ele tinha acabado de ser campeão e precisava de descanso.
 Acabei por adormecer com a sua respiração na minha cara e um sorriso nos lábios.
 


...
espero que gostem e que deixem os vossos comentários***

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Choradeira

Mais um jogo cheio de emoções, com lágrimas pelo meio do nosso representante, do nosso capitão em campo. O Nuno chorou, a Rita chorou (por telefone e tudo), o meu bicho chorou, o meu Luiz (peluche) deu sorte...
E o nosso Benfica somou mais uma vitória rumo ao 33º




Ps. Novo cap. amanhã!!!

Beijos***

sábado, 13 de novembro de 2010

Fall For you... Capítulo 36

capítulo 36

"I can't take
Seeing you with him
'Cuz I know exactly what you'll be
In his gallery
It's just not fair
And it's tearing me apart
You're just another priceless work of art
In his gallery"


Empurrou-me contra o seu peito, sem separar os nossos lábios. Eu sentia as minhas lágrimas que faziam o percurso pela minha cara até aos meus lábios e tive a certeza que isso o iria magoar ainda mais na ferida, mas não me afastei. Precisava de carinho, do seu carinho. Ele afagava-me, ou tentava afagar as lágrimas á medida as nossas línguas se exploravam, passando as suas enormes mãos pelo meu rosto. Abri os olhos consciente que já não estava a chorar e separei os meus lábios dos seus, contrafeita.
- Assim nunca mais vamos curar o teu lábio. – Disse apreensiva.
- Não importa não, desde que seja por uma boa causa, né?
Voltou a beijar-me, empurrando agora as minhas costas com as suas mãos. Eu fiquei literalmente colada ao seu corpo, sentia todos os seus traços junto aos meus.
- Eu realmente acho que devias por mais gelo – Mentirosa!!!
Ele fez um beicinho adorável e eu beijei-o no nariz, descendo depois a boca – Gelo, já!
- Espero bem que amanha essa tortura valha pena e eu ficar como novo, não é justo não! – dizia ele aproximando-se de mim e passando um dos seus braços pelas minhas costas, enquanto o outro continuava a segurar o saco de gelo.
- Não estavas assim se não fosses tão valentão e tivesses andado a pancada com aquele anormal.
- Ah, essa não, eu não aguentei que ele tivesse aborrecendo a minha bonequinha, tive que me meter, se não ele te fazia algo de verdade e ai eu matava ele.
-Esse era o maior prazer que lhe davas, fazer alguma coisa. Promete-me que não lhe voltas a tocar! – o David não sabia no que se estava a meter, era perigoso.
- Não posso prometer o que não vou cumprir não!
Desviei os olhos do ecrã e cravei-os nos dele.
- Promete!
- Não posso!
- Promete!
- Não dá meu amor!
Mudei a minha posição para que pudesse ficar de joelhos no sofá e aproximei a minha cara da dele
- Prometes sim – e fiz uma cara irritada, mas fingida, neste momento tão bom, ninguém me punha irritada.
- Ok, prometo, mas não vou conseguir cumprir! – disse beijando-me levemente os lábios.
- O gelo – disse por entre os seus beijos – tens … que…  aplicar… o… gelo…
Soltei-me dos seus beijos e peguei no PC, para poder actualizar depressa o blog, assim não tinha mais entraves.
Sentia a sua curiosidade a vencer a sua educação e de vez em quando via-o espreitar pelo canto do olho.
- Tanta curiosidade, meu caracolinhos, podes ver!
Ele encostou-se ainda mais a mim e vi-o arregalar bastante os olhos
- ouro? Não me contou que era campeã…
- isso é porque é a melhor medalha que recebi até agora e ao mesmo tempo, a que me tirou mais.
Ele compreendia que ainda me custava muito falar sobre isso. Sentia-o corroído pela curiosidade, e eu não lhe queria esconder nada.
- Podes perguntar, eu respondo a qualquer coisa que perguntes! – Tentei mostrar-lhe um sorriso, mas apenas saiu um bocado forçado. – Pareces uma criancinha cheia de curiosidade.
- Onde você competia?
- Na cidade universitária do River Plate, nas piscinas do Monumental
- River Plate? Temos dois lá no plantel que são do River, o Pablito e o Savi.
- Sim, eu lembro-me de os ver jogar juntos.
- Se lembra?
- Claro que sim, o meu pai leva-me a ver jogos desde que me conheço.
- E eu pensando que não sabia nada de futebol.
- Sou uma caixinha de surpresas, boas, espero.
Desviei os olhos do ecrã, até porque já tinha terminado as actualizações, desviei o gelo da sua cara e beijei-o como se já não o beijasse á anos. Senti-a nosso amor do tamanho do Monumental

...
espero que gostem
beijos***

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Fall For you... Capítulo 35

Capítulo 35

"Se um dia me sinto nua
Tomara que a terra estremeça
Que a minha boca na tua
Eu confesso não sai da cabeça
Se um beijo é quase perfeito
Perdidos num rio sem leito
Que dirá se o tempo nos der
O tempo a que temos direito"


- Realmente acho que já está curado, não precisa de parar não – disse rindo-se.
- Te quiero, eu amo-te – disse encostando a minha cabeça ao se peito.
- Dito por você ainda soa melhor do que eu esperava!
O meu sorriso ia de orelha a orelha, eu nem acreditava que ele estava aqui, a dizer-me isto!
- Se vira para mim, quero ver seu sorriso.
Eu escondi ainda mais a cara no seu peito
- Só quando eu ficar menos vermelha
- Quê? É uma cor bem bonita.
- Não na minha cara.
Ele “obrigou-me” a mostrar a cara, descolando-se do meu corpo
- Perfeita assim – disse, e toucou os nossos narizes, numa espécie de beijo de esquimó. Eu abri instantaneamente a boca para inspirar um pouco do ar que o rodeava, queria decorar cada momento com ele, cada recordação era preciosa. Voltou a unir os nossos lábios. Mais recordações.
Fechei os olhos para conseguir assimilar melhor cada traço dos seus lábios. Agora sim sentia o sangue do seu lábio ainda machucado. Queria curá-lo, mas mesmo assim, não queria parar de o beijar. Pus-me em bicos de pés para chegar melhor aos seus lábios e enterrei os meus ainda mais nos dele, consciente que mais cedo ou mais tarde a dor no seu lábio ia impedir que continuássemos aquele beijo.
Senti-o então com dores e parei contrafeita o beijo.
- Ainda não terminei não! – Disse ele puxando-me contra o seu corpo.
- Eu realmente espero que não, mas é melhor pores gelo no lábio antes que inche – aconselhei-o pousando uma mão no seu peito. Senti os seus abdominais definidos. Ele era Lindo!
- Não tem mal, eu estou excelente! – Tentou disfarçar.
- Por mim tudo bem, tenho mais por onde beijar – e pisquei-lhe o olho – mas amanha não dava muito jeito chegar ao treino nesse lindo estado…
- Tem mais por onde beijar, hein? – Disse abanando a cabeça e tentando beijar-me. Eu pousei a minha mão neles e abanei a cabeça.
- Primeiro o gelo! – Disse de forma autoritária.
Ele riu-se e seguiu-me em direcção á cozinha. Tirei os sacos de gelo do congelador e preparei o saco próprio para o colocar lá dentro. Sentia os seus olhos postos em mim, mas não me importei, continuando com o que estava a fazer. Vi-o a aproximar-se, mas não liguei. Senti-o por fim a encostar-se a mim, pousando as suas mãos na minha cintura. Ainda estava com o vestido da festa, por isso decidi que teria de mudar de roupa enquanto ele aplicava o gelo. As suas mãos desceram até as minhas coxas.
- Tem certeza que é preciso gelo?
Engoli em seco para não me ir abaixo. Virei-me e beijei-o rapidamente.
- Absoluta.
Estendi-lhe o saco com gelo e fui trocar de roupa. Não queria vestir as minhas habituais calças já rotas do uso, mas também para dormir não tinha nada. Tinha que ir às compras. Aposto que a Su e as outras alinhavam. Acabei por vestir uns shorts e uma t-shirt de manga cava, á falta de melhor.
Voltei para a sala e graças e Deus ele ainda aplicava o gelo. Sentei-me ao pé dele e passei as minhas pernas por cima das suas. Ele tinha ligado a televisão num filme wester qualquer, nem me importei.
 - Então e que fazemos enquanto eu faço figura de bobo com isso na cara – ele tirou o gelo do lábio e eu voltei a colocá-lo lá.
- Acho que vou actualizar o meu blog, não vou lá desde que cheguei a Portugal. Porque será?
- Tem estado ocupada… 
- Claro. – Levantei-me e toquei-lhe com a ponta do dedo no nariz, gesto que eu gostava imenso de fazer – Mas diz antes distraída por alguém.
- Pois, quem será o cara? – Disse ele por detrás do gelo que lhe cobria a cara.
Peguei no portátil e voltei á minha posição, com as pernas por cima das suas. Liguei a internet sem fios e entrei no blog. Vi os comentários novos, que se baseavam em perguntar por onde eu andava, porque nunca mais tinha actualizado, e os parabéns pela medalha. Senti o David aproximar-se para ver melhor e não me importei pela coscuvilhice, não lhe queria esconder nada.
Decidi postar qualquer coisa.
- Importaste que ponha música a tocar? Já é quase como um ritual…
- Não há problema, também a maior parte do tempo vou estar olhando você.
Senti-me corar novamente e voltei-me para a lista de músicas. Escolhi uma portuguesa (nota: música apresentada no inicio do capitulo).
Mal a música começou a tocar e a voz linda da vocalista começou a distinguir-se por entre os acordes da música, o David agarrou-me a mão com uma força bruta.
- Eu amo essa música, uma das minhas preferidas. Você também gosta?
Engoli em seco antas de responder.
- Era uma das preferidas do meu pai – baixei o olhar. Ele levantou-me o queixo e começou a cantar-me a música com o seu sotaque brasileiro.
“Não me lembras o céu
Nem nada que se pareça
Não me lembras a lua
Nem nada que se escureça”
Eu limitava-me a olha-lo, admirada. As lágrimas escorriam-me pela cara, o simbolismo daquele pequeno acto dele era maior do que o mundo. Ele parou de cantar quando me viu, com os olhos rasos de lágrimas e eu beijei-o loucamente. Aqueles pequenos segundos, quando o ouvi cantar nem tinham preço. Ele não faz a menor ideia do quanto significou para mim.
- A nossa música – disse separando os nossos lábios por breves momentos.
Ele apenas acenou com a cabeça recusando-se a quebrar o beijo com mais palavras. Eu já tinha dito tudo.



...
espero que gostem
kusses***

domingo, 7 de novembro de 2010

Fall For you... Capítulo 34

Capítulo 34

"So boy forget about the world cuz it's gon' be me and you tonight
I wanna make your bed for ya, then imma make you swallow your pride"


Quando finalmente me consegui por no meio deles os dois, quase que levava com o punho cerrado do Enrique.
Eles separaram-se a custo, talvez porque eu pedia tanto, já com as lágrimas nos olhos. Olhei para o David. Tinha o cabelo num desalinhado perfeito, com os caracóis em pé. Nos seus lábios, um fio de sangue denunciava a pontaria do Enrique. Ele tinha-o magoado. Apoderei-me de uma força interior e só me apetecia gritar!
 - És um louco, o que tu estás a fazer é absurdo! Basta destes joguinhos, destas tuas atitudes de ex-namorado ciumento, já não cola mais. Tu magoaste-me muito, não tentes magoar os que amo. Já chega! Já estou farta há muito tempo. Deixa-nos em paz, volta para a Argentina.
Nem me dei ao trabalho que o olhar, provavelmente esse olhar iria ser seguido por uma chapada e eu não queria sujar as mãos.
Apressei-me a ajudar o David a recompor-se, tentando examinar a ferida.
 - Eu estou bem, não se preocupa…. – Ele tentava virar a cara para que eu não visse o sangue, mas eu agarrei-lhe o queixo e obriguei-o a olhar para mim.
- Que emocionante, tão querido que ele é – insinuava Enrique, já tentando se afastar – nem sabes no que te vieste meter!
- Por favor, David, não lhe ligues.
Ele já investia outra vez em direcção ao Enrique, mas eu obriguei-o a ficar ao meu lado.
- Muito bem, és o seu cãozinho…
- Ah Enrique, vai-te embora antes que eu chame a polícia.
- Até daqui a uns dias – dizia ele com um sorriso malicioso na sua cara.
Ele afastou-se, com os seus olhos a ferverem de raiva
 - Detesto homem batendo ou chateando mulher, então quando é minha bonequinha não consigo me controlar. – Ele tentava sorrir pelo seu lábio rasgado.
- Mas tens, já viste, quase que se matavam, se bem que não me importava que ele morresse. Ao menos deixava-me em paz.
- Você acha mesmo?
- Claro que sim – e corei – e eu também não estou preparada para te perder.
Ele sorriu. Senti que tinha sido mal interpretada.
 - Não antes de falarmos - rectifiquei.
O Sorriso da sua cara desapareceu num ápice que desejei não o ter dito. Tentei sentá-lo no passeio enquanto esperava pelo táxi. Nem me atrevi a chamar alguém da festa, não a queria estragar.
 - Vais comigo a casa, para te tratar do lábio. – E voltei a examiná-lo. Tinha o lábio superior ligeiramente inchado e um rasgo se sangue a sair por uma ferida no lábio inferior.
- Nada disso, eu já disse para você que estou bem – e gemeu de dor – para além disso tenho a certeza que você não quer estar ao pé de mim nesse momento, não!
 Senti-me mal. E se eu já o tinha afastado? É um dos meus defeitos, não expresso o que sinto, e quando o faço já é tarde de mais. Mas nesta situação não o poderia ser. Tinha sido ele a tomar desde o inicio a iniciativa, mas a verdade era que eu corroía por dentro para ter coragem de ser eu a fazer o mesmo. Neste momento sentia-me tão mal por não o estar a reconfortar, de não estar a beijá-lo e a dizer que estou louca por ele, que me penalizei por dentro. Tinha que aprender a soltar-me.
 - Você sabe…
- Tu sabes…
Falámos os dois ao mesmo tempo. Uma cena de filme, mas não deixou de ser embaraçoso.
Olhei-o. Queria parar de ser uma parva e insegura. Respirei fundo
-Precisamos de falar, a sério. Não me interrompas, preciso de deitar tudo cá para fora. – Uma luz forte cegou-me e eu roguei uma praga ao destino por ter feito o Sr. António Voltar agora neste preciso momento. Podia nunca mais ter a mesma coragem que tinha agora.
Ele olhou para dentro do carro. Gostaria de ter feito o mesmo, mas os faróis ainda me confundiam a vista.

Ajudei-o a levantar-se sem pronunciar uma única palavra, ainda me fugia a coragem.
- Me fala, vai – dizia ele, com olhos suplicantes.
- Em casa - assegurei-o. Não podia passar mesmo de hoje.
Entrámos no táxi e nem precisei de dizer a morada ao Sr. António, ele adivinhou logo. Passou a viagem toda a falar com o David e a felicitá-lo por causa do título, não se cansando de falar na alegria imensa que ia por Portugal e pelo mundo. O David ia sorrindo, mas via pela sua expressão que estava em sofrimento.
Adorava o Sr. António, mas neste momento só       queria que ele se calasse e que conduzisse mais depressa.
Chegámos a minha casa pouco depois, eu ajudei-o a subir as escadas, desculpando-me com a sua ferida para não falar ali. Queria estar bem sentada.

(casa de banho)


Enquanto procurava a caixa onde guardava os primeiros socorros, pensava numa maneira de falar. Queria poder ser natural, mas neste momento, já nem raciocinava bem, o que até era típico meu. Fazer uma tempestade num copo de água.
Finalmente encontrei-a. Um pouco de água oxigenada e gelo deveriam resolver.
- Sabe, você está me deixando meio confuso. Mesmo a serio. Preciso saber…
 - Eu Sei. – Respirei fundo – David. – Acariciei-lhe a cara e os olhos dele voltaram a brilhar. – Tu sabes pelo que passei, sabes todo o mal que aquele parvo me fez passar. Sabes o que eu passei com a morte do meu pai. Eu estive muito mal, nem me levantava da cama. A semana antes ao seu funeral foi um verdadeiro martírio para mim. Não sabia como sorrir. Mas aqui em Portugal, aqui contigo, eu sei como sorrir. Já não parece uma coisa forçada. - Ele saltou ligeiramente quando passei o algodão pela ferida com mais força. – Um simples sorriso teu faz com que o meu dia valha a pena.
Ele pegou na minha mão, impedindo-me de lhe voltar a curar a ferida.
- Eu amo você! – Disse ele com os olhos fixos em mim.
Eu abracei-o e uni os nossos lábios, apesar do dele estar ligeiramente inchado. Libertei-me no meu amor. A sua língua invadiu a minha boca e eu não resisti mais, deixando que a minha se entrelaçasse na sua. O meu coração duplicou o seu tamanho e eu senti-me transbordar alegria. Trinquei-lhe ligeiramente o lábio inferior e ele separou os nossos lábios. Só depois me lembrei que ele estava magoado.
 - Desculpa! Não me controlei. – e soltei um riso envergonhado.
...
Espero que gostem ***