domingo, 31 de outubro de 2010

Fall For you... Capítulo 31

Novo capitulo hoje, a pedido de muitas famílias :)

Capitulo 31

"I hate my life
I can't
Sit still for one more single day
I've been here waiting for
Something to live and die for
Let's run and hide
Out of touch, out of time
Just get lost without a sign
As long as you stand by my side"
"In your shadow I can shine", Tokio Hotel

Lembrei-me do David. A sua cara de sofrimento não me saia da cabeça.  Queria tanto que não o tivesse magoado. Preferia mil vezes ver na sua cara um sorriso brilhante.
Decidi escrever-lhe uma mensagem, para ficar descansada.

“Oi caracolinhos, espero que estas melhor do teu pé, quero te ver dançar na festa, para te mostrar com já sei sambar.
Já te disse que peço desculpa? :$
Beijo!”

Enquanto esperava pela Su e pela resposta do David, sentei-me no sofá preto da sala. Pela primeira vez desde a poucos dias fez-me falta o meu papi.
Fechei os olhos, foi como se o visse aqui ao meu lado.
- Papi, é muito grande!
- Mary, se não tentares agora, nunca vais conseguir. Com é que se diz?
- Nunca faz mal tentar, eu já sei papi. Mas promete que não me largas até eu voltar a parar.
- Prometo! – E beijou a minha face.
Eu subi para a minha bicicleta, a bicicleta dos crescidos como eu dizia. Já sem rodinhas.
O meu pai orgulhava-se de ter desempenhado o papel de mãe e de pai sozinho, sem ajuda nenhuma. Até nos momentos mais delicados, mais de mulheres, ele procurou informar-se e depois esclareceu-me de tudo.
Levantei-me do sofá e fui até a varanda da sala. Olhei para o céu e a imagem do David veio-me outra vez á cabeça. O Seu sorriso bonito, o seu coração de ouro, a sua forma descontraída de estar… os seus lábios.
-¿ Qué hago papi?
Não estava a espera de uma resposta, apenas de um esclarecimento da minha mente. Os seus lábios ainda me invadiam a mente. O Seu cheiro ainda me inebriava os pensamentos.
Abanei a cabeça, consciente que teria que falar com ele. Não podia ficar mais assim, na dúvida.
Acordei com o som do telemóvel. Era a resposta do David.

“Tudo bem, tontinha, já estou que nem novo!
Muito bem, sambando nas horas mortas, quero ver sim. :P
Eu e o Ruben esperamos vocês na porta do prédio “

Soltei um sorriso.

“Descemos já.
Beijo”

Sim, tinha que resolver as coisas rapidamente.
Chamei a Su que já estava pronta.
- Wau, mi amor, qué estas muy guapa!
- Gracias!
Já sentia saudades de falar espanhol, tenho que por a conversa em dia com a gente da argentina.
- Eles já estão a espera lá em baixo. – Informei-a.
Ela parecia agora ainda mais nervosa. Por de trás do seu casaco, vi que tinha vestido um vestido pelo joelho roxo que um dia lhe tinha oferecido.
Ela já se dirigia para a porta quando lhe fiz sinal e ela parou. Eu fui até ao sofá, procurei na minha mala um envelope e entreguei-lho.
- Não pensaste que me tinha esquecido de ti – e abracei-a o mais que podia, até ficar sem ar.
No envelope havia bilhetes para a argentina, para que a Su pudesse visitar a sua família.
- Eu sei que só passaram alguns dias, mas aposto que estas cheia de saudades. E é também para te agradecer por tudo.
Ela soltou-se do meu abraço e deu-me um enorme beijo na bochecha.
- Tu sabes que eu te adoro? – Disse.
- Claro que sim! E tu? - Perguntei apesar de saber a resposta
- Isso não se pergunta. – E abraçou-me num choro controlado.
- Vá lá não me faças chorar, que não temos tempo de retocar a maquilhagem.
Ela parou o seu choro e saímos de casa. Os rapazes já nos esperavam no carro.
 Admirei-me o David estar no banco de trás, mas nem falei, sabe-se lá o que se passa naquela cabecinha. Sentei-me ao seu lado e a Su sentou-se a frente, ao lado do Ruben.
-Oi! – Disse o David - estás guapa! – Tentava dar uns adornos de espanhol no seu sotaque, mas trocei na mesma
- Nem com um curso lá vais caracolinhos. – E lancei-lhe um sorriso, na esperança dele me devolver o seu. Precisava de o vislumbrar.
Como sempre, ele retribuiu-mo e eu suspirei pelo seu sorriso.
Não, que é isto Maria? Em que é que estás a pensar? Primeiro esclarece as coisas.
Durante a viagem de carro não falei muito, tinha a cabeça cheia de pensamentos. Simplesmente sorria quando o David ou o Ruben diziam alguma piada. A certa altura, sinto a mão do David apertar a minha.
- Que se passa linda? – Ouço-o segredar.


...
espero que gostem***

Fall For you... Capítulo 30

Mil desculpas

Capitulo 30

"Just don't give up, Im workin' it out
Please don't give in, I won't let you down
It messed me up, need a second to breath
Just keep comin aroud"
 
 
 
No momento em que entrei naquela água gelada agarrei-me com imensa força ao David. Não que tivesse medo de me afundar, longe de mim. Tinha antes medo que aquela queda o tivesse magoado, ele caiu em cheio no chão da piscina.
Emergimos até a borda da piscina e olhei para a sua cara de sofrimento. Eu raramente me enganava, mas neste momento queria estar. Ele tinha-se magoado.
 – Pô, tava a ver que você me sufocava…
 – Desculpa, foi sem pensar… onde te dói?
Ajudei-o a sair da piscina e sentei-o numa das cadeiras de jardim. Ele tentava fazer o mínimo de movimentos com o seu pé esquerdo. Apressei-me a pegar nele, sentindo um calor enorme ao faze-lo.
“Controla-te”
Comecei a fazer alguns movimentos, para perceber se era partido ou só magoado
 – Dói?
 – Agora é médica também?
 – Dói?
Ele fez uma cara de dor e eu parei.
 – Queres ir ao médico?
 – Não precisa não, ponho um pouco de gelo e fica bom.
 – tens a certeza? Não sejas teimoso.
 – Absoluta!
Uma brisa incrivelmente gelada passou-me pelo corpo e eu arrepiei-me dos pés a cabeça.
 – Tá com frio? Vamo pra dentro.
Ajudei-o a andar até dentro de casa. O seu corpo estava imensamente molhado, temi que ficasse doente. Ele era bem muito pesado, ou então era uma reacção á sua aproximação.
 – Hey, mano, que é que se passa?
 – Dei mau jeito no pé.
O Ruben ajudou-o até ao quarto para ele se vestir e eu fui até a cozinha procurar por gelo. Tirei um pouco do congelador e abri todas as gavetas que encontrava a procura de um pano, para embrulhar o gelo.
Regressei e ele já estava sentado no sofá. Fez sinal para me sentar ao pé dele, eu sentei e entreguei-lhe o gelo. Não se livrava de um valente raspanete.
 – Em que é que tu estavas a pensar? És maluco só pode. Atirares-te assim para a piscina, depois é no que dá aleijas-te.
 – Tava só brincando. E a culpa foi sua. – Ele esboçou um dos seus sorrisos brilhantes – se não se tivesse pendurado no meu pescoço… tava com medo de afogar?
A Su olhou para mim e disse espantada.
 – Tu penduraste-te no pescoço dele?
 – Como uma bebezinha… Parecia que estava com medo e tudo.
 – Não acredito, a Mary com medo?
Eu fiz uma cara de poucos amigos e encostei-me no sofá a tentar recuperar do susto.
 – Bem, mano se não recuperares, a noite está arruinada! – O Ruben olhava para o David com um olhar de censura
 – Nada disso. Eu já estou bem e tudo.
O resto da tarde correu lentamente, o David continuou a aplicar gelo no seu pé que já parecia estar melhor. Já estava farta de ver os rapazes a jogar wii quando me levantei.
 – Não acham melhor nos arranjarmos para logo á noite? Ouvi dizer que ia ser em grande – disse eu tentado arrancar alguma coisa do Ruben.
 – Bem pensado. Eu levo-vos a casa, vocês põem-se bonitas, e depois vou buscar-vos.
 – E eu posso saber onde nos levas?
 – Nada disso, é segredo – e tocou-lhe no nariz, como que a travar a sua curiosidade. Fiquei admirada com a aproximação deles.
Voltamos a casa depois de o Ruben ter deixado o David em casa dele.
Eu e a Su subimos as escadas a pensar no que haveríamos de vestir.
– Ele não disse que era nada muito formal, mas mesmo assim não sei o que vestir. – a Su estava verdadeiramente preocupada, via-se pela sua cara.
 – Preocupas-te demais… o que mais tens são vestidos que te ficam fantasticamente bem.
 – Espero bem que sim… Ainda estou para ver o que eles prepararam.
Entrei em casa e fui direita para o chuveiro. Liguei a água que depressa ficou quente. Tinha que recuperar baterias para Hoje á noite.

…No Aeroporto…

Todas as pessoas que passavam por ele olhavam-no de soslaio. Parecia um morto vivo, com umas olheiras enormes.
- Isto hoje vai mudar. – Disse com ar determinado.
Enquanto esperava por um táxi pegou no telemóvel e marcou um número rapidamente
- Bom dia. Então já está tudo tratado?
- E onde fica?
- Tem a certeza que é esse local e hoje? Realmente ela faz anos hoje. Eu gastei muito dinheiro com isto, se não for verdade pode bem começar a pensar que vai ver o sol aos quadradinhos.
- Muito bem, obrigado. Se ficar satisfeito com o seu trabalho ainda hoje lhe transfiro o combinado.
Desligou o telefone com brusquidão e fez sinal a um táxi para parar. Este fez uma travagem algo brusca e parou alguns metros a frente.
- Incompetentes. Detesto este país!
Entrou no táxi e disse a direcção que queria tomar.

….

Sai do banho quando já começava a ficar com a pele enrugada. Apesar de a casa de banho estar quente, um arrepio percorreu-me o corpo, juntamente com um pressentimento algo estranho que não decifrei logo ao princípio.
Estiquei o cabelo, com a franja também esticada, apliquei um pouco de maquilhagem, não gostava de exagerar e sai para o meu quarto.
Agora o dilema do que vestir. Acabei por optar por um vestido preto sem alças, com um casaquinho. De certeza que iria estar frio.
Calcei uns sapatos fechados de salto e fui a cozinha beber um pouco de sumo. Conseguia ouvir a Su a cantar no chuveiro.
...

Espero que gostem ***


terça-feira, 12 de outubro de 2010

Fall For you... Capítulo 29

Desculpen :$
Adicionei uma nova coisa, se quiserem ouvir a musica cliquen no seu nome :)

Capitulo 28

"Ain't no sunshine when she's gone
It's not warm when she's away
Ain't no sunshine when she's gone
And she's always gone too long
Anytime she goes away"

Pois... ainda bem que eu não me lembrei disso... já via a minha frente uma tarde de futebol virtual!
R - Pois. Importam-se de ir de roupa interior, mas de camisola?
O Ruben olhou de esguelha para o David, como se fosse obvio o que nós íamos decidir
M - Boa ideia... assim ainda posso mostrar-vos como se nada na Argentina.
D - Eu acho que é da mesma forma que no Brasil ou em Portugal, mas tudo bem. Ruben, tem calção de banho?
Deitei a língua de fora, como uma criança, e ele respondeu-me com o seu sorriso lindo... Tenho que tentar não ter estes pensamentos se não ainda me vou dar mal.
Enquanto o Ruben e o David vestiam os calções de banho, eu tentava preparar-me para o choque que ia ter a seguir.
S - Achas que consegues estar ao pé do David sem babar? Até eu já reparei nisso..
M - Notasse assim tanto?
S - naaa... só ficas-te com uns olhinhos brilhantes quando ele te sorriu!
M - Não consigo evitar.
S - Eu sei, já reparei. Mas cuidado, não avances muito depressa se não tiveres a certeza!
M - Sim, mãe, eu sei!
S - Mãe nada, depois não digas que eu não te avisei...
Entretanto os rapazes já tinham voltado, e eu não me contive. Via-se que ele estava a morrer de frio, com os braços ligeiramente enrolados ao corpo, que tapavam ligeiramente a visão, mas mesmo assim, não tapavam nada. Tudo o que eu via á minha frente era um Homem lindo de mais para ser verdade. A sua pele bronzeada assentava perfeitamente no seu corpo fenomenal. Nem me atrevi a olhar com mais pormenor, se não não respondia por mim.
A Su viu que eu não estava a ter reacção e deu-me uma cotovelada.
S - Controla-te - segredou.
Pisquei os olhos para me concentrar e reparei Que o David sorriu levemente.
R – Estão prontas?
M – Sim.
Saímos por uma janela/porta que dava acesso ao jardim. A piscina era enorme, como eu esperava, mas o jardim á volta ainda era mais surpreendente.
R – A minha mãe passa aqui a vida. Ta sempre a plantar uma nova flor.
S – Tenho que lhe dar os parabéns. Faz-me lembrar a Argentina.
Olhei em volta, para o jardim super bem cuidado. Um punhado de memórias atingiu-me. Recordações de infância. As brincadeiras no parque com a Su, os passeios pelos jardins nos domingos de manhãzinha, com o cheiro a flores no ar.
M – Isto é fantástico.
D – O que é fantástico?
M – Hã?
Acordei do meu sonho com a voz do David. Ele estava ao meu lado, aparentemente éramos os únicos que ainda não tínhamos entrado na piscina.
D – O que é fantástico?
M – Nada. Vamos?
Desafiei-o para uma entrada á maluco, coma água super gelada. Ele concordou, mas mal entrou começou logo a resmungar que ele bem tinha dito que estava fria. E tinha razão. Mas não me importei. Pude treinar, o que já não fazia á muito tempo, e o David ficou surpreendido quando lhe disse que nadava desde que me conhecia. Prometeu-me que ia saber de umas piscinas onde eu pudesse praticar ou até competir.
A meio da tarde, A Su, depois de eu quase a matar com os olhos, decidiu que ela e o Ruben tinham que fazer alguma coisa dentro de casa. Ela não perdia uma.
D – que tem ela?
M – Agora nada, mas quando falar com ela uma dor de cabeça!
D – Não seja mazinha com ela. Você é muito durinha quando quer…
M – Eu sou o que?
D – Tontinha!
E pousou uma mão no meu ombro e a outra na minha cintura, empurrando-me para dentro de água. Engoli vários litros de agua de uma vez e deitei-a logo a seguir pela boca. Voltei a cima e ele olhava-me com uns olhos de entusiasmo, e com um sorriso enorme nos lábios.
M – Tu és maluco? Tens noção do que fizeste?
D – Calma tontinha, estava só brincado.
M – Brincar nada, com isso não se brinca.
Virei-lhe costas, o que me custou porque no seu rosto o sorriso deu lugar a um semblante triste.
D – Só brincadeira…
Eu já tinha saído da piscina e embrulhado a uma toalha que a D. Bela tinha trazido. Dentei-me numa das cadeiras junto a piscina, ainda a tentar compor o fôlego. O David saiu também da piscina, enxugando apenas a água que saia dos seus caracóis. Não consegui deixar de rir. Sentou-se ao meu lado e pôs a sua toalha nas minhas costas.
M – Sabes que costumam fazer isso mas com casacos…
D – Eu sou diferente!
Soltei-me dos seus braços e levantei-me. Ele fez o mesmo.
M – Só te perdoo se comeres comigo uma fatia enorme de bolo de chocolate que a D. Bela está a fazer.
D- Não posso. Dieta de futebolista...
Fiz-lhe uma careta e disse
M – Então não há amizade.
Ele olhou para mim serio, e eu não me contive, tive que me rir.
D – Não há amizade?
Eu abanei a cabeça. Ele, com uma força enorme, pegou-me ao colo e disse.
D – Então fecha os olhos e tapa o nariz.
Do nada, saltou da borda da piscina para a agua que cada mais parecia mais fria.
 

...
espero que gostem***