quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Fall For you... Capítulo 2

Hey... Espero que tenham gostado do primeiro capitulo! :)

Capítulo 2


"This truth is hiding in your eyes,
And it's hanging on your tongue.
Just boiling in my blood,
but you think that I can't see."
"Decode", Paramore


 Fizemos as malas em tempo recorde. Tudo o que consegui enfiar nas 3 malas serviu para levar. Depois comprava mais! Em Portugal, o meu pai tinha um apartamento em Lisboa que nós nunca utilizávamos. Com sorte ainda conseguiríamos apanhar bilhetes para Lisboa.
 Enquanto remexia nas minhas coisas, encontrei uma especial… um terço que o meu pai me tinha dado. Ele disse que tinha sido da minha mãe. Apertei-o nas minhas mãos. Uma recordação.
 Encontrei-me com a Su na entrada do prédio. Para trás ficaram 18 anos de memórias. Comigo levava o terço e uma foto dos meus pais, com a minha mãe grávida. A única onde estávamos os três.
S – Tens a certeza que queres fazer isto?
A certeza não tinha, mas não fazia mal em tentar!
M – Sim, tenho.
Aguarei o terço com força, sem olhar para trás.

No Aeroporto conseguimos, por pouco, arranjar bilhetes. O meu pai… ainda me custa falar tanto dele… Ele tinha-me deixado todo o seu dinheiro, por isso poderia começar uma vida nova. Olhei a volta para o frenesim de pessoas a passar por mim… tenho a impressão que nenhuma repara em mim, ou então sou só eu que estou com a cabeça vazia, sem pensamentos!
Andar de avião nunca tinha sido um problema, mas desta fez e diferente. Não tinha lá o meu pai para me segurar a mão quando eu me arrepiava. Mas estava a Su
S – Sabes, podes segurar a minha mão se quiseres.
M – Obrigada. A Sério! Por tudo. Por teres deixado a tua família para trás, a tua vida…
S – Tu sabes que eu faria tudo por ti, assim como sei que tu farias tudo por mim. Somos as melhores amigas a 18 anos e tenciono que assim fiquemos para sempre!
Abraçámo-nos. Como eu amava aquela miúda, sempre comigo nos bons e nos maus momentos.
O avião descolou e a turbulência normal assustou-me. Olhei pela janela do avião ao meu lado. Para trás ficou a terra que me viu nascer, Buenos Aires, e com ela todas as memórias.

Aterrámos em Portugal, comigo outra vez assustada com a turbulência. Recolhemos as nossas malas e apanhámos um táxi.
Taxista – As senhoritas não parecem ser de cá e têm sotaque. Estão cá de férias?
S – Na verdade sim e não
M – Somos Argentinas, mas com descendências portuguesas, e viemos definitivamente para ficar.
Definitivamente. Sim!
O senhor simpático do táxi deixou-nos mesmo a porta do prédio, a nossa nova casa.
T – Se precisarem de ajuda, para visitarem a cidade ou qualquer coisa, basta chamarem, que eu não me importo nada.
A Su vira-se para mim e sussurra:
S – No lo importa porque consigue el dinero
Ri-me. Era verdade.


...

espero sinceramente que tenham gostado... amanha há mais! :)




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